segunda-feira, 16 de julho de 2012

ANÁLISE TÉCNICA


SENTIMENTO NEGATIVO VERSUS MOMENTÚM POSITIVO.


ALERTAS: (MATÉRIAS PRIMAS: CRUDE, BRENT e GÁS NATURAL; MONETÁRIO: BUND; SECTORES DO STXE.600: Banks, Media e Aut & Part.; ÍNDICES: BEL.20"Bélgica" e SMI,20"Suíça"; COTADAS: ALTRI, EDP, GALP, J.MARTINS e REN.
   Terminámos uma semana volátil e preparamos-mos para a que entra. Desta vez, as principais matérias-primas, poderão dar um ar da sua graça, para bem de uns, e mal de outros...
      
   O OURO e a PRATA em gráficos diários, continuam inseridos numa pauta lateral á mais de 2 meses, por esse motivo, deveremos esperar para ver qual se perfura, se as resistências ou os suportes, para que assim se possa definir o próximo rumo destes dois metais.




   Para o mal dos que abastecem as suas viaturas para se deslocarem para o trabalho, mas para o bem dos que se posicionam altistas no mercado das commodities, mais propriamente no CRUDE ou BRENT, o aspecto técnico do Petróleo em gráficos diários é muito interessante. A figura que ambos desenvolvem, atribui um possível cenário com implicações altistas para estas duas matérias, e que no fundo não é mais que uma reversão de tendência de médio prazo, o que por enquanto, constitui apenas ressaltos cujo o primeiro objectivo, está no nível que corresponde á media de 200 períodos.

   O GÁS NATURAL, em gráfico semanal, poderá estar a desenvolver uma figura de duplo fundo. O crescente volume nos dias das compras, a acompanhar com as tendências altistas dos osciladores, dão fiabilidade á divergência do Indicador de Momentúm que entrou em cenário positivo. Já no gráfico diário, o preço luta com o nível dos 3 na sua cotação de preços, e que a proximidade que mantém á media de 200 períodos poderá  definir , com a superação desta, se realizou mínimos de vez, ou por outro lado continuará  a descer como já faz desde 2007/8.


   A BUND, poderá confirmar esta semana se a figura que ameaça em gráfico semanal se trata de um duplo topo ou não. Deveremos ter presente, que pese embora o volume de compras das três ultimas semanas seja decrescente, e alguns osciladores apresentem serias divergências baixistas, esta figura de reversão, só será confirmada com a perda do nível de 139,4 e cujo o objectivo estará na procura dos 133,9 pontos. A ser verdade, este activo dará alguma fiabilidade ás subidas das bolsas para o curto e médio prazo.


   São alguns os sectores que em gráficos semanais começam em dar alguns sinais positivos, principalmente do STXE-600. O sector dos automóveis e Peças, (SXAP - STXE 600 - AUT & PRT), depois de se apoiar na media móvel de 200 períodos, resolveu ressaltar e luta actualmente com a directriz baixista de médio prazo, superar esta, implicará maiores valorizações. É no entanto o sector dos Media, (SXMP - STXE 600 MEDIA) que dá sinais de anular a directriz baixista de muito longo prazo a que deu inicio em 2008. E foi á mês e meio que o sector da banca (SX7P - STXE 600 BANKS), desenvolveu uma envolvente altista com intenções de atribuir maiores valorizações do que as até agora produzidas, no entanto, ainda não anulou dita figura e o aspecto técnico demonstra que as intenções ainda se mantêm.


   Para os principais índices o aspecto técnico mantém-se inalterável. Desde inícios de Junho que o mercado constrói máximos e mínimos crescentes, é por esse motivo que não deveremos fazer muito eco das noticias negativas, pois são os gráficos e não estas, que marcam a tendência. Os gráficos diários do DOW JONES INDUSTRIAL, NASDAQ, S&P e RUSSEL, mostram que entre esta e a próxima semana deveríamos conquistar os máximos dos já registados no período deste verão e inícios do verão passado. De não ser assim, e vermos perdidos os níveis dos últimos mínimos da passada quinta-feira, que nestes índices corresponde á parte baixa da directriz altista de curto prazo, e ao nível da média móvel dos 200 períodos, correríamos o risco de ver desenvolvida uma figura com implicações baixistas que levariam estes índices a perder os mínimos de 1 de Junho e que anulariam as intenções do mercado de subir neste período estacionai. É igualmente importante referir que a vela desenvolvida nesta ultima sexta-feira é bastante consistente, sendo que menos consistente tem sido o volume negociado em quase todo o mundo, facto este , que nos diz que não deveremos baixar a guarda.

   No Japão, o índice NIKKEI ainda não replicou os movimentos dos mercados dos EUA. Resta saber se este segue antes a Europa, ou se vai por outro caminho e de forma mais independente.

   Na Europa todos os índices marcam máximos e mínimos crescentes, e que esta tendência altista de curto prazo que se deu  inicio a princípios de Junho ainda não se viu anulada. No entanto, os níveis importantes a vigiar, são o GAP altista deixado por quase todos estes índices a finais de Junho, e só o IBEX o fez esta semana que passou. Como diz a teoria de Dow, os índices devem confirmar-se entre si, é por este motivo que devemos ignorar este movimento do índice Espanhol. Para que devamos esquecer qualquer estratégia altista, deveremos ver perdidos estes níveis de GAP e os mínimos de 1 de Junho, até lá, por mais que nos contrariem os dados e as noticias, o mercado subirá.
   Não deixa de ser interessante verificar que temos duas Europas, a divisão é a media móvel do 200 períodos que a faz. Por cima desta temos o AEX, BEL, DAX, FTSE, SMI e OMX, e por baixo de dita media temos o CAC, EUROSTOXX, IBEX, MIB e PSI. Os Índices SMI.20 e BEL.20 poderão ter algo dizer como leitura do que os mercados poderão vir a fazer num futuro muito próximo. Encontram-se bastante perto da directriz baixista de longo prazo, e poderão não conseguir superá-la arrastando assim aos restantes índices europeus, ou por outro lado superar esta e dar mais força ás subidas que se avizinham.


   Para as cotadas do PSI.20 Português, existem vários destaques pela positiva, sendo que o que melhor aspecto apresenta vai para a GALP com possíveis intenções de se aproximar da média de 200 períodos. A REN tentará pela segunda vez este mês superar dita media depois de fazer o terceiro toque á directriz altista de curto prazo. A EDP tentará passar a barreira de resistência dos 2,00€ antigos mínimos de 2011. A ALTRI luta já com a media móvel dos 200 períodos que coincide com a directriz baixista de médio prazo. Por fim a JERÓNIMO MARTINS ameaça perder a referida e tão repetida media, e de o fazer, o cenário será bastante negativo para esta cotada.


         EM CONCLUSÃO: É em circunstâncias como estas que o mercado surpreende, quando alguns esperam o pior e um cenário idêntico ao do ano anterior em igual período, a teoria da opinião contrária prevalece. Por isso, o sentimento é negativo, confirma-se uma má noticia, e o mercado entra em momentúm positivo... Este no fundo é o que manda, pois indica a predisposição dos investidores.

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