SENTIMENTO NEGATIVO VERSUS MOMENTÚM POSITIVO.
ALERTAS: (MATÉRIAS PRIMAS: CRUDE,
BRENT e GÁS NATURAL; MONETÁRIO: BUND; SECTORES
DO STXE.600: Banks, Media e Aut & Part.; ÍNDICES:
BEL.20"Bélgica" e SMI,20"Suíça"; COTADAS: ALTRI,
EDP, GALP, J.MARTINS e REN.
Terminámos uma semana volátil e preparamos-mos
para a que entra. Desta vez, as principais matérias-primas, poderão dar um ar
da sua graça, para bem de uns, e mal de outros...
O OURO e a PRATA em gráficos diários, continuam
inseridos numa pauta lateral á mais de 2 meses, por esse motivo, deveremos
esperar para ver qual se perfura, se as resistências ou os suportes, para que
assim se possa definir o próximo rumo destes dois metais.
Para o mal dos que abastecem as suas viaturas
para se deslocarem para o trabalho, mas para o bem dos que se posicionam
altistas no mercado das commodities, mais propriamente no CRUDE ou BRENT,
o aspecto técnico do Petróleo em gráficos diários é muito interessante. A
figura que ambos desenvolvem, atribui um possível cenário com implicações
altistas para estas duas matérias, e que no fundo não é mais que uma
reversão de tendência de médio prazo, o que por enquanto, constitui apenas
ressaltos cujo o primeiro objectivo, está no nível que corresponde á media de
200 períodos.
O GÁS NATURAL, em gráfico semanal, poderá
estar a desenvolver uma figura de duplo fundo. O crescente volume nos dias
das compras, a acompanhar com as tendências altistas dos osciladores, dão
fiabilidade á divergência do Indicador de Momentúm que entrou em cenário
positivo. Já no gráfico diário, o preço luta com o nível dos 3 na sua cotação
de preços, e que a proximidade que mantém á media de 200 períodos poderá definir , com a superação desta, se realizou
mínimos de vez, ou por outro lado continuará a descer como já faz desde
2007/8.
A BUND, poderá confirmar esta semana se
a figura que ameaça em gráfico semanal se trata de um duplo topo
ou não. Deveremos ter presente, que pese embora o volume de compras das três
ultimas semanas seja decrescente, e alguns osciladores apresentem serias
divergências baixistas, esta figura de reversão, só será confirmada com a perda
do nível de 139,4 e cujo o objectivo estará na procura dos 133,9 pontos. A ser
verdade, este activo dará alguma fiabilidade ás subidas das bolsas para o curto
e médio prazo.
São alguns os sectores que em gráficos
semanais começam em dar alguns sinais positivos, principalmente do
STXE-600. O sector dos automóveis e Peças, (SXAP - STXE 600 - AUT & PRT),
depois de se apoiar na media móvel de 200 períodos, resolveu ressaltar e luta
actualmente com a directriz baixista de médio prazo, superar esta,
implicará maiores valorizações. É no entanto o sector dos Media, (SXMP -
STXE 600 MEDIA) que dá sinais de anular a directriz baixista de muito
longo prazo a que deu inicio em 2008. E foi á mês e meio que o sector da
banca (SX7P - STXE 600 BANKS), desenvolveu uma envolvente altista com intenções
de atribuir maiores valorizações do que as até agora produzidas, no
entanto, ainda não anulou dita figura e o aspecto técnico demonstra que as
intenções ainda se mantêm.
Para os principais índices o aspecto técnico
mantém-se inalterável. Desde inícios de Junho que o mercado constrói máximos e
mínimos crescentes, é por esse motivo que não deveremos fazer muito eco das
noticias negativas, pois são os gráficos e não estas, que marcam a tendência.
Os gráficos diários do DOW JONES INDUSTRIAL, NASDAQ, S&P e RUSSEL, mostram
que entre esta e a próxima semana deveríamos conquistar os máximos dos já
registados no período deste verão e inícios do verão passado. De não ser assim,
e vermos perdidos os níveis dos últimos mínimos da passada quinta-feira, que
nestes índices corresponde á parte baixa da directriz altista de curto prazo, e
ao nível da média móvel dos 200 períodos, correríamos o risco de ver
desenvolvida uma figura com implicações baixistas que levariam estes índices a
perder os mínimos de 1 de Junho e que anulariam as intenções do mercado de
subir neste período estacionai. É igualmente importante referir que a vela
desenvolvida nesta ultima sexta-feira é bastante consistente, sendo que menos
consistente tem sido o volume negociado em quase todo o mundo, facto este , que
nos diz que não deveremos baixar a guarda.
No Japão, o índice NIKKEI ainda não replicou os
movimentos dos mercados dos EUA. Resta saber se este segue antes a Europa, ou
se vai por outro caminho e de forma mais independente.
Na Europa todos os índices marcam máximos e
mínimos crescentes, e que esta tendência altista de curto prazo que se deu inicio a princípios de Junho ainda não se viu
anulada. No entanto, os níveis importantes a vigiar, são o GAP altista deixado
por quase todos estes índices a finais de Junho, e só o IBEX o fez esta semana
que passou. Como diz a teoria de Dow, os índices devem confirmar-se entre si, é
por este motivo que devemos ignorar este movimento do índice Espanhol. Para que
devamos esquecer qualquer estratégia altista, deveremos ver perdidos estes
níveis de GAP e os mínimos de 1 de Junho, até lá, por mais que nos contrariem
os dados e as noticias, o mercado subirá.
Não deixa de ser interessante verificar que
temos duas Europas, a divisão é a media móvel do 200 períodos que a faz. Por
cima desta temos o AEX, BEL, DAX, FTSE, SMI e OMX, e por baixo de dita media
temos o CAC, EUROSTOXX, IBEX, MIB e PSI. Os Índices SMI.20 e BEL.20
poderão ter algo dizer como leitura do que os mercados poderão vir a fazer
num futuro muito próximo. Encontram-se bastante perto da directriz baixista
de longo prazo, e poderão não conseguir superá-la arrastando assim aos
restantes índices europeus, ou por outro lado superar esta e dar mais força ás subidas
que se avizinham.
Para as cotadas do PSI.20 Português, existem
vários destaques pela positiva, sendo que o que melhor aspecto apresenta
vai para a GALP com possíveis intenções de se aproximar da média de 200
períodos. A REN tentará pela segunda vez este mês superar dita media
depois de fazer o terceiro toque á directriz altista de curto prazo. A EDP
tentará passar a barreira de resistência dos 2,00€ antigos mínimos de 2011. A ALTRI
luta já com a media móvel dos 200 períodos que coincide com a directriz
baixista de médio prazo. Por fim a JERÓNIMO MARTINS ameaça perder a referida e
tão repetida media, e de o fazer, o cenário será bastante negativo para esta
cotada.
EM CONCLUSÃO: É em circunstâncias
como estas que o mercado surpreende, quando alguns esperam o pior e um cenário
idêntico ao do ano anterior em igual período, a teoria da opinião contrária
prevalece. Por isso, o sentimento é negativo, confirma-se uma má noticia, e o
mercado entra em momentúm positivo... Este no fundo é o que manda, pois indica
a predisposição dos investidores.
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