terça-feira, 10 de julho de 2012

ANÁLISE TÉCNICA


   Já sabemos que um mercado altista, tem um período médio de três a três anos e meio.
Pois bem, foi a 9 de Março de 2009 que o mercado de acções dos estados Unidos da América deram início a esse ciclo altista. Ainda que este mercado continue inserido em dita tendência, começam a existir alguns sinais de preocupação, são eles o volume e algumas figuras e desenvolvimentos gráficos que começam a dar alertas. No fundo isto não representa mais do que uma oportunidade para se apanhar o início de um novo ciclo, o baixista. A verdade é que não se sabe bem para quando isto acontecerá, mas indicia que será para breve, este mesmo ano, ou até mesmo no final do verão.
   Ben Bernanke, está determinado a deitar por terra a teoria de Dow, e na melhor das hipóteses, estará a preparar um QE3 para quando os mercados iniciem essa volta de mercado. Este senhor, o presidente da reserva Federal dos Estados Unidos, terá estudado Análise Técnica? A ver vamos!...


      MERCADOS NOS E.U.A.:

   O gráfico anual do Dow Jones Industrial, mostra que desde 2009 que o mercado tem estado altista mas com um volume em contagem decrescente, e é importante que uma tendência siga acompanhada de volume. Uma vez que estamos a meio de 2012, com o volume até agora negociado, poderemos quase concluir que não acabará com o mesmo volume de 2011. No entanto, voltando a insistir nos gráficos trimestrais do Dow Jones e S&P500 que se mostraram a passada semana, convém alertar que deveríamos ver superados os máximos anuais para que se visse anulada a figura de possível volta para o mercado.

   Para o curto e médio prazo, poder-se-á dizer que o cenário continua com um aspecto positivo. Por um lado porque estas correcções são normais depois das ultimas subidas que se verificaram em todos os índices Norte Americanos, e por outro lado porque neste prazo, em gráficos semanais, o volume nos dias das compras é bem mais interessante que nos dias das vendas. O Dow, na semana passada negociou quase metade do volume da outra semana anterior, sendo que terminou a semana em negativo, não assusta demasiado. Já no caso do NASDAQ100, o volume é mais de metade do que da semana anterior á passada, mas é menor. No fundo, depois das envolventes altistas que tiveram inicio a 1de Junho de 2012, o mercado, pese embora as quedas, respira alguma tranquilidade para o curto prazo.

   Em gráficos diários, estes dizem-nos que ainda há margem para algumas quedas e que estas não representarão mais do que oportunidades para se incorporarem a mercado aqueles que ainda não o fizeram. Porque começaram a corrigir os mercados? a resposta é bastante simples, porque como dizia Charles Dow, os índices devem confirmar-se entre si. Se o Dow Jones Industrial e o S&P500 superaram as directrizes baixistas de médio prazo, foi quando o NASDAQ100 se deparou com esta que os mercados resolveram paralisar estas subidas. Por outro lado o indicador de Momentúm apresentava divergências baixistas que auguravam a estas correcções insignificantes, e digo insignificantes porque comparadas com as subidas registadas na outra sexta-feira anterior, em nada se comparam, mas é importante referir que dito indicador de Momentúm continua por cima da linha zero o que significa positivo. Também a volatilidade desta ultima sexta-feira, que em termos percentuais não mostrava nada que se pareça com medo, incerteza ou até mesmo pânico nos mercados. Foi no fundo a recolha de algumas mais-valias. Ainda existe margem para que a correcção continue, e nada melhor do que os Futuros do S&P, NASDAQ e DOW JONES em gráficos diários para se ver ate onde poderão ir estas correcções, e que no pior dos casos, não deveriam anular os mínimos registados a finais de Junho, tal como demonstra o canal ascendente de curto prazo.

   A cotada dos Estados Unidos que importa analisar, é a ALCOA, como sempre, é a primeira a dar o pontapé de saída na apresentação de resultados. Ainda que se espere uma queda na facturação de esta cotada na ordem dos 80%, a figura gráfica da maior produtora de alumínios do mundo, é que existe algum cansaço andar por estas zonas de mínimos, algumas divergência e a proximidade que o preço tem com a media móvel de 200 períodos e a parte alta do canal baixista de longo prazo, poderão dar alguma surpresa positiva.



  
      MERCADOS NA EUROPA:

   Começando pelo PSI20 Português, este resolveu não superar o nível do GAP deixado a mediados de Maio, mas não perdeu o aspecto positivo que apresenta. Já o EUROSTOXX50 resolveu parar justamente na media móvel de 200 períodos, e este poderá ser o motivo ou a desculpa que o mercado na Europa escolheu para corrigir quinta e sexta-feira. O FTSE100, igual que os futuros dos índices norte americanos, apresentava divergências baixistas no indicador de Momentúm, e foi o único na Europa a fazê-lo. O DAX 30 da Alemanha, deve ser vigiado de muito perto, por um lado porque foi aquele que mais valorizou desde Março de 2009, superando os 100% de valorização contra a media Europeia que foi de 50%. Por outro lado porque sem superar os máximos alguma vez alcançados, todos os sinais poderão ser falsos ou sair frustrados, pois apresenta possibilidades de estas subidas irem simplesmente até a antiga directriz altista de longo prazo e voltar a descer, movimento este a que se conhece como PULL-BACK. também pode colidir com a directriz baixista dos máximos de 2011 e os de 2012. para já, PULL-BACK foi o que fez a semana passada á antiga linha clavicular da figura de volta que realizou entre Fevereiro e maio deste mesmo ano. Para este índice, deveríamos vigiar o GAP altista produzido a finais de Junho e que corresponde com a zona por onde passa a media móvel de 200 períodos..

   A Bund Alemã ou o Bund Alemão, é um activo a ter em conta, não só porque anulou a tendência baixista de curto prazo, voltando a entrar em fase de subida, como mantém fiel a sua directriz altista. se este anda contrario aos mercados, a esperança para os alistas nos índices, é de que este activo venha a realizar uma figura de duplo topo, conhecida como figura de volta.
  
   As cotadas em Portugal, para já dizem-nos que esperemos a ver que se passará nas próximas sessões, mas a Jerónimo Martins inspira alguns cuidados. Nos dias que o mercado corrige, esta desce mais que a media do mercado e que a media do seu sector, e a semana passada terminou a cotar por baixo da media móvel de 200 períodos. Ainda que esta media tenha uma pendente positiva, a figura que desenvolve esta cotada portuguesa, é que se vê perdido o nível dos 13,20, as implicações técnicas são de descida e procura de apoio nos níveis de 12,00 e 10,60 respectivamente.




      DIVISAS E Matérias-primas:

   O Índice do Dólar, começa a dar sinais de que poderá para de subir nos próximos tempos, e isto poderá ser um sinal de mínimos para o EUR/USD nos próximos meses. Este índice, embora tenha valorizado a semana passada, teve um volume de negociação menos interessante, sendo quase metade do das semanas anteriores. Não conseguir fechar duas vezes por cima da resistência que corresponde aos máximos de 2011, correspondera com o realizar de uma figura de volta.

   Os investidores mostraram á já algum tempo preferir o Dólar como activo de refugio em vez do Ouro, mas começa a ser lógico quererem desta vez escolher um outro activo que não o Índice do Dólar, pois a haver um QE3, esta medida diluiria em grande medida o valor do bilhete verde, e este perderia valor Interessante é o aspecto do Gás natural, que desde os máximos de2007, desvalorizou mais de 80%, e se os investidores considerarem esta matéria uma activo barato, poderão querer proteger-se nele.

   Por fim, o Brent, tem uma figura ou possível figura que não está confirmada, mas que começa a antever sinais de recuperação. Não perder o nível de 94 e superar o de 102, as implicações técnicas são de subidas ao nível de 112,9 aproximadamente.

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