Já sabemos que
um mercado altista, tem um período médio de três a três anos e meio.
Pois bem, foi a 9 de Março de
2009 que o mercado de acções dos estados Unidos da América deram início a esse
ciclo altista. Ainda que este mercado continue inserido em dita tendência,
começam a existir alguns sinais de preocupação, são eles o volume e algumas
figuras e desenvolvimentos gráficos que começam a dar alertas. No fundo isto
não representa mais do que uma oportunidade para se apanhar o início de um novo
ciclo, o baixista. A verdade é que não se sabe bem para quando isto acontecerá,
mas indicia que será para breve, este mesmo ano, ou até mesmo no final do
verão.
Ben Bernanke,
está determinado a deitar por terra a teoria de Dow, e na melhor das hipóteses,
estará a preparar um QE3 para quando os mercados iniciem essa volta de mercado.
Este senhor, o presidente da reserva Federal dos Estados Unidos, terá estudado
Análise Técnica? A ver vamos!...
MERCADOS
NOS E.U.A.:
O gráfico anual
do Dow Jones Industrial, mostra que desde 2009 que o mercado tem estado altista
mas com um volume em contagem decrescente, e é importante que uma tendência
siga acompanhada de volume. Uma vez que estamos a meio de 2012, com o volume
até agora negociado, poderemos quase concluir que não acabará com o mesmo
volume de 2011. No entanto, voltando a insistir nos gráficos trimestrais do Dow
Jones e S&P500 que se mostraram a passada semana, convém alertar que
deveríamos ver superados os máximos anuais para que se visse anulada a figura
de possível volta para o mercado.
Para o curto e
médio prazo, poder-se-á dizer que o cenário continua com um aspecto positivo.
Por um lado porque estas correcções são normais depois das ultimas subidas que
se verificaram em todos os índices Norte Americanos, e por outro lado porque
neste prazo, em gráficos semanais, o volume nos dias das compras é bem mais
interessante que nos dias das vendas. O Dow, na semana passada negociou quase
metade do volume da outra semana anterior, sendo que terminou a semana em
negativo, não assusta demasiado. Já no caso do NASDAQ100, o volume é mais de
metade do que da semana anterior á passada, mas é menor. No fundo, depois das
envolventes altistas que tiveram inicio a 1de Junho de 2012, o mercado, pese
embora as quedas, respira alguma tranquilidade para o curto prazo.
Em gráficos
diários, estes dizem-nos que ainda há margem para algumas quedas e que estas
não representarão mais do que oportunidades para se incorporarem a mercado
aqueles que ainda não o fizeram. Porque começaram a corrigir os mercados? a
resposta é bastante simples, porque como dizia Charles Dow, os índices devem
confirmar-se entre si. Se o Dow Jones Industrial e o S&P500 superaram as
directrizes baixistas de médio prazo, foi quando o NASDAQ100 se deparou com
esta que os mercados resolveram paralisar estas subidas. Por outro lado o
indicador de Momentúm apresentava divergências baixistas que auguravam a estas
correcções insignificantes, e digo insignificantes porque comparadas com as
subidas registadas na outra sexta-feira anterior, em nada se comparam, mas é
importante referir que dito indicador de Momentúm continua por cima da linha
zero o que significa positivo. Também a volatilidade desta ultima sexta-feira,
que em termos percentuais não mostrava nada que se pareça com medo,
incerteza ou até mesmo pânico nos mercados. Foi no fundo a recolha de
algumas mais-valias. Ainda existe margem para que a correcção continue, e nada
melhor do que os Futuros do S&P, NASDAQ e DOW JONES em gráficos diários
para se ver ate onde poderão ir estas correcções, e que no pior dos casos, não
deveriam anular os mínimos registados a finais de Junho, tal como demonstra o
canal ascendente de curto prazo.
A cotada dos
Estados Unidos que importa analisar, é a ALCOA, como sempre, é a primeira a dar
o pontapé de saída na apresentação de resultados. Ainda que se espere uma queda
na facturação de esta cotada na ordem dos 80%, a figura gráfica da maior
produtora de alumínios do mundo, é que existe algum cansaço andar por estas
zonas de mínimos, algumas divergência e a proximidade que o preço tem com a
media móvel de 200 períodos e a parte alta do canal baixista de longo prazo,
poderão dar alguma surpresa positiva.
MERCADOS NA EUROPA:
Começando pelo
PSI20 Português, este resolveu não superar o nível do GAP deixado a mediados de
Maio, mas não perdeu o aspecto positivo que apresenta. Já o EUROSTOXX50
resolveu parar justamente na media móvel de 200 períodos, e este poderá ser o
motivo ou a desculpa que o mercado na Europa escolheu para corrigir quinta e sexta-feira.
O FTSE100, igual que os futuros dos índices norte americanos, apresentava
divergências baixistas no indicador de Momentúm, e foi o único na Europa a
fazê-lo. O DAX 30 da Alemanha, deve ser vigiado de muito perto, por um lado
porque foi aquele que mais valorizou desde Março de 2009, superando os 100% de
valorização contra a media Europeia que foi de 50%. Por outro lado porque sem
superar os máximos alguma vez alcançados, todos os sinais poderão ser falsos ou
sair frustrados, pois apresenta possibilidades de estas subidas irem
simplesmente até a antiga directriz altista de longo prazo e voltar a descer,
movimento este a que se conhece como PULL-BACK. também pode colidir
com a directriz baixista dos máximos de 2011 e os de 2012. para já, PULL-BACK
foi o que fez a semana passada á antiga linha clavicular da figura de volta que
realizou entre Fevereiro e maio deste mesmo ano. Para este índice, deveríamos
vigiar o GAP altista produzido a finais de Junho e que corresponde com a zona
por onde passa a media móvel de 200 períodos..
A Bund Alemã ou
o Bund Alemão, é um activo a ter em conta, não só porque anulou a tendência
baixista de curto prazo, voltando a entrar em fase de subida, como mantém fiel
a sua directriz altista. se este anda contrario aos mercados, a esperança para
os alistas nos índices, é de que este activo venha a realizar uma figura de
duplo topo, conhecida como figura de volta.
As cotadas em
Portugal, para já dizem-nos que esperemos a ver que se passará nas próximas
sessões, mas a Jerónimo Martins inspira alguns cuidados. Nos dias que o mercado
corrige, esta desce mais que a media do mercado e que a media do seu sector, e
a semana passada terminou a cotar por baixo da media móvel de 200 períodos.
Ainda que esta media tenha uma pendente positiva, a figura que desenvolve esta
cotada portuguesa, é que se vê perdido o nível dos 13,20, as implicações
técnicas são de descida e procura de apoio nos níveis de 12,00 e 10,60 respectivamente.
DIVISAS E Matérias-primas:
O Índice do
Dólar, começa a dar sinais de que poderá para de subir nos próximos tempos, e
isto poderá ser um sinal de mínimos para o EUR/USD nos próximos meses. Este
índice, embora tenha valorizado a semana passada, teve um volume de negociação
menos interessante, sendo quase metade do das semanas anteriores. Não conseguir
fechar duas vezes por cima da resistência que corresponde aos máximos de 2011,
correspondera com o realizar de uma figura de volta.
Os investidores
mostraram á já algum tempo preferir o Dólar como activo de refugio em vez do
Ouro, mas começa a ser lógico quererem desta vez escolher um outro activo que
não o Índice do Dólar, pois a haver um QE3, esta medida diluiria em grande medida
o valor do bilhete verde, e este perderia valor Interessante é o aspecto do Gás
natural, que desde os máximos de2007, desvalorizou mais de 80%, e se os
investidores considerarem esta matéria uma activo barato, poderão querer
proteger-se nele.
Por fim, o
Brent, tem uma figura ou possível figura que não está confirmada, mas que
começa a antever sinais de recuperação. Não perder o nível de 94 e superar o de
102, as implicações técnicas são de subidas ao nível de 112,9 aproximadamente.
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