Junho novamente marcado por instabilidade
O mês de Junho deverá ser novamente marcado por um ambiente
de instabilidade macroeconómico na Europa e nos EUA. No caso Europeu, destaque
para as eleições na Grécia que poderão ditar uma saída do país da Zona Euro, e
para a crise do sector bancário em Espanha. Nos EUA, depois do forte
abrandamento verificado nos dados macroeconómicos do último mês, aumenta o
risco da economia mundial ter entrado numa fase de estagnação, o que aumenta a
relevância dos dados divulgados durante o mês. Enquanto os principais riscos
existentes nos mercados financeiros não se dissiparem, adoptaremos uma postura
conservadora de investimento, focada preferencialmente em acções com uma
grande exposição a países emergentes, obrigações de Blue Chips de países
periféricos com um baixo potencial de risco e um elevado retorno.
Com base nesta perspectiva,
desenhámos duas carteiras de investimento orientadas para dois perfis de risco
distintos, um conservador e um agressivo. É importante sublinhar que em ambos
os casos, a carteira está bastante diversificada por classes e tipos de activos
e por regiões de investimento.
Em obrigações, escolhemos o
Fundo da PIMCO devido à sua exposição a dívida de mercados emergentes, e
continuámos a apostar em dívida de blue chips portuguesas com elevadas taxas de
retorno como é o caso dos títulos de dívida da EDP e da Portugal Telecom.
Continuámos assim afastados da dívida soberana de países periféricos pelo seu
elevado risco inerente, e pelo baixo retorno oferecido por países como a
Alemanha, EUA ou Suíça.
Depois das recentes quedas,
vamos investir no petróleo, acreditando que a estabilização económica e o
início do embargo que será feito ao Irão na importação de petróleo pela União
Europeia a partir de dia 1 de Julho, trará pressão de subida do preço. Acreditamos
também que o dólar manterá a sua valorização face ao Euro, com as incertezas
relativamente à moeda única a manterem-se no centro das atenções dos
investidores dadas as crises grega e do sector financeiro espanhol.
Estaremos também presentes
em volatilidade, através do VIX, uma vez que acreditamos que esta se manterá em
patamares elevados devido aos já referidos riscos de mercado.
Em acções, escolhemos estar
investidos em empresas com um baixo Beta relativamente aos principais índices
Europeus, e com uma elevada exposição a mercados emergentes. Continuamos
posicionados no Brasil, depois do Banco Central do país ter cortado a Selic de
9% para 8,5%. Destaque
para a escolha da Zon, uma vez que os seus activos se encontram altamente
desvalorizados pelo mercado, e pelo potencial de um prémio por uma aquisição ou
das sinergias que possam surgir com uma possível fusão com outra empresa do
mesmo ramo.
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