terça-feira, 29 de maio de 2012

Análise - Índices EUA


   Esta semana estará marcada pela despedida do mês de Maio e as boas vindas ao mês de Junho. Em tão somente quatro dias para operar nos EUA, o mercado será bombardeado de dados macro-económicos e que em principio, as atenções estarão postas nos dados de sexta feira que farão referencia á criação de emprego. Emprego este que conjuntamente com os dados de crescimento, formam parte dos objectivos previstos pelo G8 á poucas semanas atrás.
   Naquela ocasião, os economistas anteciparam que em Maio se criaram 155.000 postos de trabalho naquele país, ainda que de acordo com outros dados, a taxa de desemprego prevê-se inalterada nos 8,1%.

   Na quinta-feira, publica-se a revisão do Produto Interno Bruto referente ao primeiro trimestre de 2012, em que se antecipa um crescimento de 1,9%. No que respeita aos mesmos dados do último trimestre de 2011, a leitura foi de 2,2%. Com respeito aos dados deflatores de preços ligados ao PIB e dados de consumo pessoal, não se esperam muitas alterações, sendo que a expectativa estará em que seja de 1,5% e 2,9% respectivamente.
   
   No que diz respeito ao consumo, conhecer-se-ão os encaixes financeiros e gastos pessoais referentes a Abril, com um aumento estimado de 0,3% em ambos os casos, e por outro lado as vendas de Automóveis nos Estados Unidos que poderiam alcançar os 11,2 milhões em Maio... quer isto dizer, mais 0,7% que em Abril. Este ultimo dado está muito relacionado com a confiança do consumidor, pois se estes não se sentirem optimistas com a sua situação laboral, os salários, a evolução dos preços e a economia em geral, muito provavelmente não se atrevam a trocar de carro, e menos ainda se para isso necessitarem de financiamento.

   Devido ás incertezas da economia global e um menor optimismo da parte dos Norte Americanos com respeito ao estado das suas finanças pessoais, estas mantiveram-se inalterados no seu índice de confiança de Abril, no entanto espera-se que este suba pela primeira vez  em três meses para 70 pontos com respeito a Maio.

   O sector imobiliário soma e segue acumulando alegrias naquele continente, pois a semana passada obtiveram a confirmação de que se venderam mais casas novas e um maior aumento em dois anos de vendas de casas em segunda mão. Para esta semana, os dados do índice de preços das casas de S&P-Case/Shiller nas 20 maiores metrópoles dos EUA, confirmarão ou não o que se espera ser de 0,7% de crescimento. de se confirmar tais esperanças, teriam dois meses consecutivos de subidas desde Abril/Maio de 2010.
   Também se conhecerão os dados referentes a vendas pendentes de casas e gastos de construção, que segundo parece, subirá 0,4% em Abril. A diminuição de execuções hipotecárias nos EUA, impulsionou os preços das casas usadas no mês passado, mostrando assim sinais de recuperação neste que é considerado o sector mais vulnerável e problemático desde a recessão de 2007/2009.

   No sector industrial, esperam-se os dados do Índice das manufacturas do FED de Dallas, o PMI de Chicago, com uma leitura estimada de 57,5 pontos em Maio. Finalmente, o ISM Industrial em Abril atingiu o seu nível mais alto em 9 meses devido a um aumento dos componentes de produção, emprego e novas encomendas.

Nos EUA existem factores que nos fazem ser optimistas ou ter alguma esperança. São eles o volume vendedor decrescente que se verificou nos últimos dias de transacções da passada semana. Todos eles respeitaram as figuras envolventes do inicio da semana passada, com maior destaque para o RUSSEL2000 que procurou apoio na media móvel de 200 períodos. Outro factor bastante positivo é que se recorrermos aos primórdios da analise técnica, sabemos de Charles Dow, para verificar a veracidade de uma tendência, contrastava os movimentos produzidos do Dow Jones Industrial com o Dow Jones de Transportes. Este ultimo realiza uma figura de volta em V, que poderá antecipar o inicio dos já esperados ressaltos para os mercados financeiros.
   O Rácio PUT/CALL já antecipa este cenário para o curto prazo, e o Índice VIX de volatilidade, confirmá-lo-á com a perda do suporte do nível 20. Outro indicador muito importante é o T-Bond a 30 anos do EUA, que começa a denunciar alguma descarga de papel e divergências importantes nos osciladores. Uma vez que este anda contrario ás bolsas, a ver vamos.


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