Esta semana estará marcada pela despedida do
mês de Maio e as boas vindas ao mês de Junho. Em tão somente quatro dias para
operar nos EUA, o mercado será bombardeado de dados macro-económicos e que em
principio, as atenções estarão postas nos dados de sexta feira que farão
referencia á criação de emprego. Emprego este que conjuntamente com os dados de
crescimento, formam parte dos objectivos previstos pelo G8 á poucas semanas
atrás.
Naquela ocasião, os economistas anteciparam que
em Maio se criaram 155.000 postos de trabalho naquele país, ainda que de acordo
com outros dados, a taxa de desemprego prevê-se inalterada nos 8,1%.
Na quinta-feira, publica-se a revisão do
Produto Interno Bruto referente ao primeiro trimestre de 2012, em que se
antecipa um crescimento de 1,9%. No que respeita aos mesmos dados do último
trimestre de 2011, a leitura foi de 2,2%. Com respeito aos dados deflatores de
preços ligados ao PIB e dados de consumo pessoal, não se esperam muitas
alterações, sendo que a expectativa estará em que seja de 1,5% e 2,9%
respectivamente.
No que diz respeito ao consumo, conhecer-se-ão
os encaixes financeiros e gastos pessoais referentes a Abril, com um aumento
estimado de 0,3% em ambos os casos, e por outro lado as vendas de Automóveis
nos Estados Unidos que poderiam alcançar os 11,2 milhões em Maio... quer isto
dizer, mais 0,7% que em Abril. Este ultimo dado está muito relacionado com a
confiança do consumidor, pois se estes não se sentirem optimistas com a sua
situação laboral, os salários, a evolução dos preços e a economia em geral,
muito provavelmente não se atrevam a trocar de carro, e menos ainda se para
isso necessitarem de financiamento.
Devido ás incertezas da economia global e um
menor optimismo da parte dos Norte Americanos com respeito ao estado das suas
finanças pessoais, estas mantiveram-se inalterados no seu índice de confiança
de Abril, no entanto espera-se que este suba pela primeira vez em três
meses para 70 pontos com respeito a Maio.
O sector imobiliário soma e segue acumulando
alegrias naquele continente, pois a semana passada obtiveram a confirmação de que
se venderam mais casas novas e um maior aumento em dois anos de vendas de casas
em segunda mão. Para esta semana, os dados do índice de preços das casas de
S&P-Case/Shiller nas 20 maiores metrópoles dos EUA, confirmarão ou não o
que se espera ser de 0,7% de crescimento. de se confirmar tais esperanças,
teriam dois meses consecutivos de subidas desde Abril/Maio de 2010.
Também se conhecerão os dados referentes a
vendas pendentes de casas e gastos de construção, que segundo parece, subirá
0,4% em Abril. A diminuição de execuções hipotecárias nos EUA, impulsionou os
preços das casas usadas no mês passado, mostrando assim sinais de recuperação
neste que é considerado o sector mais vulnerável e problemático desde a
recessão de 2007/2009.
No sector industrial, esperam-se os dados do
Índice das manufacturas do FED de Dallas, o PMI de Chicago, com uma leitura
estimada de 57,5 pontos em Maio. Finalmente, o ISM Industrial em Abril atingiu
o seu nível mais alto em 9 meses devido a um aumento dos componentes de
produção, emprego e novas encomendas.
Nos EUA existem factores que nos fazem ser optimistas ou ter
alguma esperança. São eles o volume vendedor decrescente que se verificou nos
últimos dias de transacções da passada semana. Todos eles respeitaram as figuras
envolventes do inicio da semana passada, com maior destaque para o RUSSEL2000
que procurou apoio na media móvel de 200 períodos. Outro factor bastante
positivo é que se recorrermos aos primórdios da analise técnica, sabemos de
Charles Dow, para verificar a veracidade de uma tendência, contrastava os
movimentos produzidos do Dow Jones Industrial com o Dow Jones de Transportes.
Este ultimo realiza uma figura de volta em V, que poderá antecipar o inicio dos
já esperados ressaltos para os mercados financeiros.
O Rácio PUT/CALL já antecipa este cenário para
o curto prazo, e o Índice VIX de volatilidade, confirmá-lo-á com a perda do
suporte do nível 20. Outro indicador muito importante é o T-Bond a 30 anos do
EUA, que começa a denunciar alguma descarga de papel e divergências importantes
nos osciladores. Uma vez que este anda contrario ás bolsas, a ver vamos.
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