segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Segue em anexo a nota semanal da FINCOR-Sociedade Corretora, S.A., relativa à semana de 26 a 30 de Novembro.
 

Principais destaques:

 

·         Os activos de risco recuperaram na semana passada. Os mercados de acções registaram a sua melhor semana em vários meses, reflectindo uma maior confiança quanto a um acordo relativamente ao Fiscal Cliff;

·         A Moody’s baixou a notação de rating que atribui à França. A reacção do mercado foi contudo modesta;

·         O Eurogroup não foi capaz de chegar a um consenso relativamente à Grécia na passada 3ª Feira;

·         Portugal conseguiu nota positiva na 6ª revisão da Troika. Contudo, o documento divulgado refere que os riscos para o crescimento são significativos;

·         A cimeira europeia para o orçamento de 2014-2020 mostrou fortes divergências de opinião, não tendo sido posssível chegar a um acordo;

·         Com eleições marcadas para o dia 16 de Dezembro, o mercado japonês de acções continua a reagir às declarações do líder do LDP e provável próximo primeiro-ministro.

 

Slides:

 

Portugal:

·         O documento da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional sobre a 6ª  missão de acompanhamento do programa de ajuste de Portugal foi publicado. Portugal irá agora receber a  próxima parcela de financiamento (€2.5 mil milhões de euros). O governo português está a realizar uma análise à despesa pública, cujos resultados serão apresentados na próxima visita da Troika em Fevereiro do próximo ano;

·         Os indicadores coincidentes divulgados pelo Banco de Portugal referentes ao mês de Outubro para a actividade económica e para o consumo privado registaram uma subida, mantendo-se contudo em território negativo.

 

Zona-Euro

·         O indicador de confiança empresarial do instituto IFO registou uma subida de 100 para 101.4 no mês de Outubro. A subida não era esperada. Contudo, será provavelmente ainda cedo para concluir que uma nova aceleração na actividade económica do país está em curso;

·         A Moody´s cortou a notação de rating da dívida s França de Aaa para Aa1. É preciso recordar que a S&P já tinha realiza o mesmo corte para a dívida soberana Francesa no início de 2012;

·         O indicador de actividade (indústria + serviços) para a Zona-euro registou uma ligeira subida em Novembro. No entanto, o índice de serviços caiu para um mínimo dos últimos 40 meses, indiciando novamente o efeito negativo das políticas de contenção orçamental e o enfraquecimento do mercado de trabalho;

·         O rácio de crédito mal-parado no sector bancário Espanhol aumentou para 10.71%  em Setembro, reflectindo a fraca economia doméstica, o ajuste no sector da construção e a a elevada taxa de desemprego;

·         Realizaram-se eleições regionais na Catalunha. A região é a mais endividada das regiões Espanholas e pretende uma maior autonomia em termos fiscais, num enquadramento de maior desejo de independência por parte da população local;

·         Chipre poderá estar próximo de um acordo com a Troika no montante de 17 mil milhões de euros. A comissão Europeia espera um défice orçamental e um rácio dívida pública / PIB de 5.7% e 96.7% respectivamente no próximo ano;

 

EUA

·         O índice de sentimento das empresas construtoras de habitações atingiu o seu valor mais elevado desde Maio de 2006, apontando para uma continuação da recuperação no sector;

 

Resto do Mundo

·         O indicador de actividade industrial PMI para a China (preliminar) calculado pelo HSBC subiu para o seu valor máximo dos últimos 13 meses, ultrapassando a barreira dos 50 (que separa a expansão da contracção no sector) pela primeira vez desde Outubro de 2011;

·         No Japão, o LDP deverá provavelmente conseguir uma maioria (ou quase maioria) na camâra baixa do parlamento. Contudo, um parceiro de coligação deverá ser necessário de modo a passar a legislação pela câmara alta do parlamento.

 

Principais destaques do PSI20 da última semana

·         A Sonae Indústria (SONI PL) registou a maior queda na semana passada (-5.4%) entre os títulos do PSI 20. Apesar de a empresa estar agora mais eficiente, após a reestruturação dos últimos anos, a sua exposição à economia europeia e o seu nível de endividamento representam preocupações dos investidores;

·         A Jerónimo Martins (JMAT PL) valorizou-se 6.6% na semana passada. A empresa anunciou que pretende ter entre 30 a 40 lojas na Colômbia no próximo ano;

·         A GALP (GAL PL) pretende atingir vendas nos mercados fora de Portugal no montante de 4.2 mil milhões de euros em 2012. Os títulos subiram 5.5% na última semana;

·         O BES (BES PL) anunciou um aumento de capital para a sua unidade no Brasil. Os títulos do banco português registaram uma subida de 3.7% na semana passada.

 

Destaques do Mercado na Última Semana

·         A Mota-Engil (EGL PL) apresentou um resultado líquido de cerca de 7 milhões de euros no 3º trimestre de 2012, um crescimento de 11% face a igual período do ano passado. As receitas aumentaram 16%, reflectindo a evolução positiva da área internacional;

·         Os resultados da Hewlett-Packard (HPQ US) para o seu 4º trimestre fiscal ficaram acima do consenso. Contudo, as expectativas da empresa para a evolução da sua actividade no próximo trimestre desapontaram os investidores. Adicionalmente, a gestão da Hewlett-Packard acusou a Autonomy (empresa adquirida no ano passado) de ter falsificado a contabilidade da empresa;

·         A cotação das acções da Nokia aumentou mais de 30% na semana passada, após notícias sobre as vendas do seu novo modelo Lumia 920 na Alemanha;

·         As acções da Gamesa subiram 9.9% na semana para €1.703. Recorde-se que a empresa apresentou o seu plano de negócios para 2012-15, no qual pretende implementar várias medidas para reestruturar o seu negócio.

 

Temas para a semana

·         Realiza-se hoje mais uma reunião do Eurogrupo para discutir a Grécia e disponibilizar a próxima parcela de financiamento ao país. Medidas para tornar a dívida do país sustentável são esperadas e tem sido a causa das dificuldades para chegar a um entendimento entre a Zona-euro e o FMI;

·         A Soares da Costa (SCOAE PL), dia 29 de Novembro, antes da abertura do mercado, o Banif (BNF PL) e a Teixeira Duarte (TDSA PL), ambos dia 30 de Novembro, deverão apresentar resultados esta semana.

 

O que iremos acompanhar esta semana?

 

·         2ª Feira (26 Nov)

o   Acta do Banco do Japão relativamente ao Comité de Política Monetária de 30 de Outubro;

o   Reunião dos Ministros das Finanças da Zona-euro para discutir a Grécia.

 

·         3ª Feira (27 Nov)

o   Votação final do Orçamento de Estado em Portugal para 2013;

o   Revisão do PIB do Reino Unido para o 3º trimestre de 2012;

o   Encomendas de Bens Duradouros nos EUA;

o   Índice de Confiança dos Consumidores nos EUA publicado pela Conference Board.

 

·         4ª Feira (28 Nov)

o   Indicador de massa monetária M3 para a Zona-euro;

o   Divulgação do Beige Book por parte da Reserva Federal dos EUA;

o   Anúncio da decisão do Comité de Políca Monetária do Banco Central do Brasil – Não está prevista qualquer alteração nas taxas de juro de referência.

 

·         5ª Feira (29 Nov)

o   Taxa de desemprego na Alemanha;

o   Indicadores de confiança para a Zona-euro;

o   Revisão do PIB nos EUA referente ao 3º trimestre de 2012.

 

·         6ª Feira (30 Nov)

o   Taxa de desemprego para a Zona-euro;

o   Variação do PIB do Brasil para o 3º trimestre de 2012;

o   Indicador da actividade industrial (PMI) para Chicago;

o   Rendimento e Consumo das famílias nos EUA.

 

Gráficos a acompanhar:

·         A aquisição da Xstrata (XTA LN) pela Glencore (GLEN LN) foi aceite pelos accionistas de ambas as empresas;

·         A Zon (ZON PL) e a Sonaecom (SNC PL) continuam a apresentar uma boa performance em bolsa. Continuarão os investidores à espera que a fusão entre ambas as empresas possa avançar?

·         O mercado japonês de acções continua a sua recuperação, reflectindo a perda de valor do iéne e expectativas quanto à adopção de políticas que sejam capazes de estimular a economia, após as eleições marcadas para 16 de Dezembro.

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