segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Perspectivas Semanais - 29 Outubro

Principais destaques da semana passada:

 
·         Nos EUA, os resultados referentes ao 3º trimestre de 2012 continuam a ser marcados pelo mesmo tema. As empresas continuam a ter bastante mais facilidade em atingir o valor do consenso para o resultado líquido por acção do que o das vendas;

·         Os resultados da Apple (AAPL ) não ajudaram o sector. O índice do sector da tecnologia prolongou o seu período desfavorável em termos de performance relativa desde o seu máximo de Setembro último;

·         Apareceram notícias em torno de um possível corte na notação de rating da dívida soberana dos EUA (actualmente AAA);

·         A Reserva Federal reafirmou a sua intenção de comprar 40 mil milhões de dólares de obrigações hipotecárias por mês com, o objectivo de suportar a economia dos EUA;

·         Na Zona Euro, o índice composite PMI – índice que fornece indicações sobre a evolução futura da actividade na indústria e nos serviços – atingiu o valor mais baixo desde Junho de 2009;

·         Na Grécia, notícias mais recentes sugerem que o País poderão ter dois anos adicionais para cumpriros seus objectivos orçamentais;

·         O Presidente do Banco Central Europeu foi defender perante o parlamento alemão o programa de compra de títulos de dívida pública com maturidade até 3 anos (OMT na sigla inglesa) que foi recentemente anunciado;

·         Espanha terá de reembolsar cerca de 20,3 mil milhões de euros de dívida até à próxima 4ª feira.

 
Slides:

 
Zona Euro:

·         O crédito concedido às famílias manteve-se praticamente inalterado face ao mesmo período de 2011. O crédito às empresas registou uma queda de 1.4%;

·         O índice de confiança dos empresários na Alemanha, calculado pelo instituto Ifo e referente ao mês de Outubro, caiu face ao valor de Setembro;

·         Os bancos dos principais países Europeus continuaram a reduzir a sua exposição aos países periféricos da Zona Euro no 2º Trimestre de 2012;

·         O Presidente do Banco Central Europeu (BCE) foi defender o OMT ao Parlamento alemão. Mario Draghi tentou contrariar a ideia de que o programa era uma forma disfarçada para financiar os Governos, que o BCE não iria perder a sua independência, não iria expor os contribuintes europeus a perdas nem criar pressões inflacionistas.

 

Resto da Europa

·         O PIB no Reino Unido (indicador que mede a riqueza produzida por um país) registou uma variação real (isto é, descontando o efeito da inflação) trimestral de 1.0% no período entre Julho e Setembro. É preciso, contudo, não esquecer que este período contou com alguns factores extraordinários como a realização dos jogos Olímpicos. Este foi o primeiro trimestre positivo, após 3 trimestres consecutivos com variações negativas;

 

EUA

·         As encomendas de bens duradouros aumentaram 9.9% no mês de Setembro. Contudo, excluindo as aeronaves comerciais e o sector da defesa, o indicador forneceu uma variação mensal praticamente nula, o que representa um sinal negativo para o investimento;

·         Falta pouco mais de uma semana para as eleições presidenciais nos EUA. Romney ganhou algumas sondagens no mês de Outubro. Contudo, Obama parece estar ainda na frente tendo em conta a sua posição em alguns Estados mais importantes;

·         A última reunião do Comité de Política Monetária dos EUA não teve surpresas. No entanto, a reunião de Dezembro poderá ser mais importante. Por exemplo, os membros da Reserva Federal poderão decidir compensar o fim da Operação Twist (venda de obrigações de curto prazo e compra de obrigações com maiores maturidades) que ocorrerá no final do ano;

·         PIB cresce 2% (variação anualizada) no 3º trimestre de 2012. Contudo, os gastos com a Defesa Nacional contribuíram com cerca de 0.7% desse mesmo crescimento. O ritmo continua, provavelmente, a ser insuficiente para aumentar a criação de emprego.

 

Resto do Mundo:

·         O índice preliminar PMI calculado pelo HSBC/Markit para a China – que pretende dar uma indicação da evolução no sector industrial – registou uma subida no mês de Setembro. É mais um sinal de alguma recuperação na economia local;

·         Segundo uma decisão do Tribunal nos EUA, um grupo de credores da Argentina terá de ser pago ao mesmo tempo do que os restantes que aceitaram a restruturação ocorrida em 2005 e 2010. As obrigações registaram uma queda, após estas notícias.

 

Período de Resultados:

·         Portugal: Portucel (resultado líquido cresceu 11% face ao mesmo período de 2011), BPI (resultado líquido de 32 milhões de euros no 3º trimestre), Jerónimo Martins (resultado líquido cresceu 7% no 3º trimestre face a igual período do ano passado) e Media Capital apresentaram resultados na semana passada;

·         EUA: 273 empresas já reportaram. De acordo com a Bloomberg, 73% das empresas apresentaram um resultado líquido por acção acima da consenso. Contudo, ao nível das vendas, a taxa de sucesso foi apenas 41%.

 

Destaque do mercado da última semana:

·         O resultado por acção da Apple (AAPL) ficou aquém do esperado. A empresa anunciou um mini Ipad, a 4ª geração no segmento Ipad, um novo MacBook Pro e um Mac mini;

·         A Microsoft (MSFT) apresentou e lançou comercialmente o Windows 8;

·         A Peugeot anunciou que o Estado Francês irá fornecer 7 mil milhões de euros em garantias financeiras. É uma notícia positiva no curto prazo, mas quais serão as suas consequências em termos da estratégia de longo prazo da empresa?

 

 

Temas para a próxima semana:

·         O índice de sentimento do instituto ISM (5ª feira) e o relatório de emprego (6ª feira) nos EUA são dois dos mais importantes indicadores para os mercados financeiros. Desta vez, temos a importância acrescida de serem revelados a poucos dias das eleições Presidenciais;

·         Em Espanha, o valor preliminar para a variação do PIB referente ao 3º trimestre deverá ser divulgado na 3ª feira. Os últimos 3 trimestre revelaram variações negativas. O Banco de Espanha indicou já que este trimestre deverá voltar a ser negativo;

·         Empresas na área da Energia, Banca e Farmacêutica deverão apresentar resultados esta semana na Europa. 5º feira será o primeiro dia de negociação da subsidiária da Telefónica na Alemanha;

·         Nos EUA, o destaque em termos de resultados vai para a Pfizer (amanhã), Ford (amanhã), General Motors (4ª feira), Exxon (5ª feira) e Chevron (6ª feira).

 

O que iremos acompanhar na próxima semana?

2ª feira (29 de Outubro)             

·         Rendimento das Famílias  e Gastos das Famílias nos EUA (Setembro).

 

3ª feira (30 de Outubro)             

·         Variação do PIB na Espanha referente ao 3º trimestre.

·         Comité de Política monetária no Japão;

·         Comité de Política Monetária na Índia – Não é esperada qualquer alteração;

·         Taxa de desemprego e criação de emprego na Alemanha (Outubro);

·         Confiança dos consumidores da Conference Board (Outubro)

 

4ª feira (31 de Outubro)

·         Resultados do inquérito do BCE à concessão de crédito (3º Trimestre);

·         Greve em Espanha por parte da Confederación General de Trabajo;

·         Possível teleconferência do Eurogroup relativamente à Grécia;

·         Índice de Preços no Consumo na Zona Euro (Outubro);

·         Inquérito da ADP à criação de emprego nos EUA (Outubro)

 

5ª feira (1 de Novembro)

·         Índice de sentimento na indústria do instituto ISM para os EUA (Outubro) – O sector deverá permanecer pressionado por um mais baixo ritmo de crescimento da economia global e pela incerteza criada pelas eleições nos EUA;

·         Índice de sentimento na indústria (PMI) na China.

 

6ª feira (2 de Novembro)

·         Relatório do Emprego nos EUA (Outubro) – Uma modesta criação de emprego e a manutenção da taxa de desemprego ao actuais níveis são esperados.

 

Sábado (3 de Novembro)

·         Apresentação do plano de austeridade na Grécia ao Parlamento local;

·         Reunião do G20 e dos Governadores dos Bancos Centrais (México).

                                                              

Gráficos a acompanhar:

·         Valorização da moeda Chinesa – Será um sinal da recuperação na economia local?

·         Intervenção por parte do Banco Central de Hong Kong para travar a valorização da sua moeda – Valorização no preço do imobiliário local;

·         Performance relativa desfavorável no sector da tecnologia dos EUA;

·         Preço do ouro registou a terceira semana consecutiva de queda.

 

 

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