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Nos EUA, os resultados referentes ao 3º
trimestre de 2012 continuam a ser marcados pelo mesmo tema. As empresas
continuam a ter bastante mais facilidade em atingir o valor do consenso para o
resultado líquido por acção do que o das vendas;
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Os resultados da Apple (AAPL ) não ajudaram o
sector. O índice do sector da tecnologia prolongou o seu período
desfavorável em termos de performance relativa desde o seu máximo de Setembro
último;
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Apareceram notícias em torno de um possível
corte na notação de rating da dívida soberana dos EUA (actualmente AAA);
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A Reserva Federal reafirmou a sua intenção de
comprar 40 mil milhões de dólares de obrigações hipotecárias por mês com, o
objectivo de suportar a economia dos EUA;
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Na Zona Euro, o índice composite PMI
– índice que fornece indicações sobre a evolução futura da actividade na
indústria e nos serviços – atingiu o valor mais baixo desde Junho de 2009;
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Na Grécia, notícias mais recentes sugerem que o
País poderão ter dois anos adicionais para cumpriros seus objectivos
orçamentais;
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O Presidente do Banco Central Europeu foi
defender perante o parlamento alemão o programa de compra de títulos de
dívida pública com maturidade até 3 anos (OMT na sigla inglesa) que foi
recentemente anunciado;
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Espanha terá de reembolsar cerca de 20,3 mil
milhões de euros de dívida até à próxima 4ª feira.
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O crédito concedido às famílias manteve-se
praticamente inalterado face ao mesmo período de 2011. O crédito às empresas
registou uma queda de 1.4%;
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O índice de confiança dos empresários na
Alemanha, calculado pelo instituto Ifo e referente ao mês de Outubro, caiu face
ao valor de Setembro;
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Os bancos dos principais países Europeus
continuaram a reduzir a sua exposição aos países periféricos da Zona Euro no 2º
Trimestre de 2012;
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O Presidente do Banco Central Europeu (BCE)
foi defender o OMT ao Parlamento alemão. Mario Draghi tentou
contrariar a ideia de que o programa era uma forma disfarçada para financiar os
Governos, que o BCE não iria perder a sua independência, não iria expor os
contribuintes europeus a perdas nem criar pressões inflacionistas.
Resto da Europa
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O PIB no Reino Unido (indicador que mede a
riqueza produzida por um país) registou uma variação real (isto é, descontando
o efeito da inflação) trimestral de 1.0% no período entre Julho e Setembro. É
preciso, contudo, não esquecer que este período contou com alguns factores
extraordinários como a realização dos jogos Olímpicos. Este foi o primeiro
trimestre positivo, após 3 trimestres consecutivos com variações negativas;
EUA
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As encomendas de bens duradouros aumentaram 9.9%
no mês de Setembro. Contudo, excluindo as aeronaves comerciais e o sector da
defesa, o indicador forneceu uma variação mensal praticamente nula, o que
representa um sinal negativo para o investimento;
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Falta pouco mais de uma semana para as eleições
presidenciais nos EUA. Romney ganhou algumas sondagens no mês de Outubro. Contudo,
Obama parece estar ainda na frente tendo em conta a sua posição em alguns
Estados mais importantes;
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A última reunião do Comité de Política Monetária
dos EUA não teve surpresas. No entanto, a reunião de Dezembro poderá ser
mais importante. Por exemplo, os membros da Reserva Federal poderão decidir
compensar o fim da Operação Twist (venda de obrigações de curto prazo e compra
de obrigações com maiores maturidades) que ocorrerá no final do ano;
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PIB cresce 2% (variação anualizada) no 3º
trimestre de 2012. Contudo, os gastos com a Defesa Nacional contribuíram com
cerca de 0.7% desse mesmo crescimento. O ritmo continua, provavelmente, a
ser insuficiente para aumentar a criação de emprego.
Resto do Mundo:
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O índice preliminar PMI calculado pelo
HSBC/Markit para a China – que pretende dar uma indicação da evolução no sector
industrial – registou uma subida no mês de Setembro. É mais um sinal de
alguma recuperação na economia local;
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Segundo uma decisão do Tribunal nos EUA, um
grupo de credores da Argentina terá de ser pago ao mesmo tempo do que os
restantes que aceitaram a restruturação ocorrida em 2005 e 2010. As obrigações
registaram uma queda, após estas notícias.
Período de Resultados:
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Portugal: Portucel (resultado líquido cresceu
11% face ao mesmo período de 2011), BPI (resultado líquido de 32 milhões de
euros no 3º trimestre), Jerónimo Martins (resultado líquido cresceu 7% no 3º
trimestre face a igual período do ano passado) e Media Capital apresentaram
resultados na semana passada;
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EUA: 273 empresas já reportaram. De acordo com a
Bloomberg, 73% das empresas apresentaram um resultado líquido por acção acima
da consenso. Contudo, ao nível das vendas, a taxa de sucesso foi apenas 41%.
Destaque do mercado da última semana:
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O resultado por acção da Apple (AAPL) ficou
aquém do esperado. A empresa anunciou um mini Ipad, a 4ª geração no segmento
Ipad, um novo MacBook Pro e um Mac mini;
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A Microsoft (MSFT) apresentou e lançou
comercialmente o Windows 8;
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A Peugeot anunciou que o Estado Francês irá
fornecer 7 mil milhões de euros em garantias financeiras. É uma notícia
positiva no curto prazo, mas quais serão as suas consequências em termos da
estratégia de longo prazo da empresa?
Temas para a próxima semana:
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O índice de sentimento do instituto ISM (5ª
feira) e o relatório de emprego (6ª feira) nos EUA são dois dos mais
importantes indicadores para os mercados financeiros. Desta vez, temos a
importância acrescida de serem revelados a poucos dias das eleições
Presidenciais;
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Em Espanha, o valor preliminar para a variação
do PIB referente ao 3º trimestre deverá ser divulgado na 3ª feira. Os últimos 3
trimestre revelaram variações negativas. O Banco de Espanha indicou já que
este trimestre deverá voltar a ser negativo;
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Empresas na área da Energia, Banca e
Farmacêutica deverão apresentar resultados esta semana na Europa. 5º feira
será o primeiro dia de negociação da subsidiária da Telefónica na Alemanha;
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Nos EUA, o destaque em termos de resultados vai
para a Pfizer (amanhã), Ford (amanhã), General Motors (4ª feira), Exxon (5ª
feira) e Chevron (6ª feira).
O que iremos acompanhar na próxima semana?
2ª feira (29 de
Outubro)
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Rendimento das Famílias e Gastos das
Famílias nos EUA (Setembro).
3ª feira (30 de Outubro)
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Variação do PIB na Espanha referente ao 3º
trimestre.
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Comité de Política monetária no Japão;
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Comité de Política Monetária na Índia – Não é
esperada qualquer alteração;
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Taxa de desemprego e criação de emprego na
Alemanha (Outubro);
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Confiança dos consumidores da Conference
Board (Outubro)
4ª feira (31 de Outubro)
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Resultados do inquérito do BCE à concessão de
crédito (3º Trimestre);
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Greve em Espanha por parte da Confederación
General de Trabajo;
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Possível teleconferência do Eurogroup
relativamente à Grécia;
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Índice de Preços no Consumo na Zona Euro
(Outubro);
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Inquérito da ADP à criação de emprego nos
EUA (Outubro)
5ª feira (1 de Novembro)
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Índice de sentimento na indústria do instituto
ISM para os EUA (Outubro) – O sector deverá permanecer pressionado por um mais
baixo ritmo de crescimento da economia global e pela incerteza criada pelas
eleições nos EUA;
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Índice de sentimento na indústria (PMI) na
China.
6ª feira (2 de Novembro)
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Relatório do Emprego nos EUA (Outubro) – Uma
modesta criação de emprego e a manutenção da taxa de desemprego ao actuais
níveis são esperados.
Sábado (3 de Novembro)
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Apresentação do plano de austeridade na Grécia
ao Parlamento local;
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Reunião do G20 e dos Governadores dos Bancos
Centrais (México).
Gráficos a acompanhar:
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Valorização da moeda Chinesa – Será um sinal da
recuperação na economia local?
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Intervenção por parte do Banco Central de Hong
Kong para travar a valorização da sua moeda – Valorização no preço do
imobiliário local;
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Performance relativa desfavorável no sector da
tecnologia dos EUA;
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Preço do ouro registou a terceira semana
consecutiva de queda.
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