terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Perspectivas para 2013 - Bem-Vindos ao Planeta Quantitative Easing

 Segue em anexo a nota referente às perspectivas para 2013 da FINCOR-Sociedade Corretora, S.A.,

 
Perspectivas globais: Bem-Vindos ao Planeta Quantitative Easing

 

Sumário:

 

·         Perspectivas Macroeconómicas são positivas, com o crescimento real do PIB para 2013 a ser esperado próximo do valor de 2012. As recentes medidas do Banco Central Europeu ajudaram a conter a crise na Europa;

·         Os Bancos Centrais têm feito o seu papel e 2013 deverá ficar marcado pelas políticas de Quantitative easing. Estas poderão continuar a ter um efeito positivo nos mercados de acções, no imobiliário e nas matérias primas;

·         As yields soberanas de países desenvolvidos encontram-se a níveis muito baixos, o que deverá continuar a condicionar o retorno esperado nesta classe;

·         O prémio de risco exigido para investir nas acções continua a ser elevado. Tal poderá levar a que as acções tenham um melhor desempenho do que as obrigações em 2013.

 

Slides:

 

·         EUA: Sector Privado vs Sector Público - Crescimento de 2013 deverá ser semelhante a 2012, com o sector privado a compensar a queda no sector público. Se o Fiscal Cliff for resolvido esperamos uma recuperação no investimento;

·         EUA: As negociações em torno do Fiscal Cliff ainda estão em desenvolvimento - Um acordo sobre este assunto evitará que a economia do país entre em recessão no próximo ano. No entanto, algumas das medidas poderão expirar, pelo que o sector público deverá continuar a ter uma contribuição negativa para a evolução da economia dos EUA;

·         EUA: O Balanço do FED deverá continuar a expandir-se em 2013... depois de anunciado o QE3 e a substituição da Operação Twist. Foi também anunciado que a Reserva Federal irá manter as suas taxas de juro de referência aos actuais baixos níveis enquanto o desemprego estiver acima de 6,5% e as expectativas de inflação abaixo de 2,5%;

·         Zona-Euro: É esperada uma recuperação modesta para 2013 - Dados de Novembro mostram uma estabilização nos indicadores de sentimento. No entanto, os países periféricos como a Grécia, Espanha e Portugal deverão continuar em contracção durante 2013;

·         Zona Euro: O caminho para uma maior integração Europeia ainda é longo -  Já existe um compromisso para que o BCE supervisione o sector Bancário. Contudo, decisões sobre a União Fiscal e Económica só serão tomadas em Junho do próximo ano;

·         Zona Euro: Irá o BCE continuar com políticas de estímulo em 2013? - O BCE deixou em aberto um possível corte nas suas taxas de juro de referência. Mas, por agora, as atenções do Banco Central Europeu deverão manter-se concentradas no programa OMT;

·         Mercados Emergentes: Reformas estruturais são necessárias – Num contexto de fraco crescimento dos países desenvolvidos, reformas são necessárias nos países em vias de desenvolvimento, com o objectivo de aumentar o crescimento da procura doméstica;

·         Portugal: PIB deverá contrair pelo 3º ano consecutivo - Tal deverá ficar a dever-se à consolidação fiscal e ao processo de desalavancagem do sector financeiro;

·         Espanha: 2013 deverá ser um ano complicado - O País atravessa um conjunto de ajustamentos e alterações estruturais que são necessários para equilibrar as contas externas, reduzir as necessidades de financiamento externo e aumentar a competitividade do país;

·         Taxas de Juro nos EUA: Entre o risco do Fiscal Cliff e as políticas de estímulo por parte da Reserva Federal -  Em 2013, é esperado um aumento nas yields à medida que políticas de estímulo aumentam as perspectivas de crescimento no país;

·         Zona-Euro: Um ambiente de baixas taxas de juro – As maturidades mais curtas deverão ser ancoradas pelas baixas taxas de juro de referência do BCE. As maturidades mais longas deverão mostrar-se mais voláteis, reflexo de possíveis novos períodos de pressão sobre os países periféricos;

·         Portugal: Irá o prémio de risco atribuível ao país continuar a cair em 2013? - O país é suposto voltar aos mercados até Setembro de 2013 e alcançar autonomia financeira em meados de 2014. Irá Portugal conseguir?

·         Irá Espanha pedir mais apoio às autoridades Europeias em 2013? – Essa é ainda a expectativa dos mercados financeiros;

·         Dívida de empresas Investment Grade nos EUA -  Retornos mais modestos são esperados em 2013. Contudo, a procura de yield por parte dos investidores deverá continuar, num contexto de baixas taxas de juro;

·         Dívida de empresas Investment Grade na Zona Euro – Mercados periféricos vs. Mercados Core e Financeiras vs. Industriais deverão voltar a ser decisões importantes para o retorno esperado em 2013;

·         Dívida de empresas Investment Grade em Portugal: As decisões políticas e a acção do BCE deverão continuar a ser decisivos. O anúncio do programa OMT por parte do BCE foi positivo em termos de sentimento e bastante benéfico para a evolução da dívida de empresas Portuguesas;

·         Dívida de empresas Investment Grade na Espanha – A evolução da dívida soberana de Espanha será fundamental. Irá o país perder o seu rating Investment grade?

·         Dívida de Empresas High Yield nos EUA – A redução dos riscos na Zona-Euro, as políticas da Reserva Federal e e a procura de yields mais elevadas por parte dos investidores suportaram esta classe de activos em 2012;

·         Dívida de Empresas High Yield  na Zona Euro -  A procura tem suportado os preços, mas existem riscos… 2012 foi um ano positivo para estes títulos devido ao desempenho positivo dos títulos de países periféricos;

·         Mercados de Acções nos EUA – A resolução do Fiscal Cliff será fundamental. Os investidores deverão estar atentos à evolução dos resultados das empresas cotadas;

·         Mercados de Acções da Zona Euro: A intervenção do BCE revelou-se decisiva para tornar a região novamente investível. O Prémio de risco encontra-se ainda num nível elevado. Se o programa  OMT tiver sucesso poderemos ver uma queda neste prémio de risco;

·         Mercados Emergentes de Acções – A China deverá continuar a ser fundamental para a evolução dos Mercados Emergentes - É esperado uma aceleração do crescimento em 2013. As maiores preocupações encontram-se sobre o sector imobiliário na China e Brasil, nos défices da balança de transacções correntes da Índia e Turquia, e num possível aumento dos preços dos alimentos;

·         Mercado de Acções do Japão -  É esperado um ano positivo. Com a vitória do LDP são esperadas mais políticas de estímulo económico;

·         Mercado de Acções de Portugal - Serão novas quedas no prémio de risco do País indispensáveis para uma evolução positiva do mercado de acções? As receitas das empresas do PSI20 deverão crescer 4% em 2013, enquanto as margens EBITDA deverão manter-se inalteradas (ambos valores do consenso);

·         Mercado de Acções de Espanha – A escolha de acções deverá ser decisiva devido aos desafios macroeconómicos que o país atravessa;

·         Matérias-Primas – Esta classe de activos deverá manter-se suportada pelas medidas de Quantitative Easing. A nossa preferência vai para a área dos metais preciosos.

Sem comentários:

Enviar um comentário